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prejudiciais no transcorrer de uma análise. A análise deve ser fria e objetiva sendo,
portanto, um atributo mais masculino. É por isso que poucas mulheres realizaram
grandes descobertas, inventos e teorias que tenham entrado para a história
35
. As poucas
que o conseguiram, o fizeram às custas de seus encantos femininos
36
.
O que torna a mulher encantadora
37
, e ao mesmo tempo perigosamente
enfeitiçante, são justamente as características sacrificadas e perdidas por aquelas que
tentam ser semelhantes aos homens. Estas características as tornam maravilhosas e,
justamente por isso, perigosas, na medida em que é justamente aquilo que nos
proporciona as melhores sensações, o que nos torna viciados e dependentes.
A dialética da mulher nos traz, então, o encanto e o sofrimento. Portanto, o
encanto feminino é dual, simultaneamente maravilhoso e “infernizante”. É algo análogo
a uma droga: pode curar ou adoecer. Elas administram seus efeitos sobre nós à vontade,
a menos que tenhamos nos tornado mais poderosos do que elas emocionalmente.
Isso que digo não é compreensível aos desconhecedores desprovidos de
experiência..
Tentativas de atingir mulheres no intelecto são perdas de tempo porque não há
intelecto suscetível de ser atingido. Do ponto de vista da lógica linear, há apenas um
intelecto inerte, que pouco se exercita
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e que segue os passos do sentimento. Não é
possível convencê-las através da lógica
39
. A lógica não as impacta, não surte efeito
algum. Tentar atingí-las no intelecto é como tentar atingir o nada, o vazio. Elas são
suscetíveis somente aos impactos emocionais. É ali que se encontra o ponto fraco e
também o ponto forte: nos sentimentos.
35
Enquanto os homens realizaram várias descobertas, principalmente para serví-las.
36
Algumas mulheres, como Esther Vilar e muitas outras, parecem ser uma exceções.
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As características encantadoras da mulher não são em si o problema, mas sim a instrumentalização
egoísta das mesmas com fins de manipulação.
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Pois, ao longo da história, os homens sempre raciocinaram pelas e para as mulheres, por serem seus
escravos, desobrigando-as da tarefa incômoda e massante do raciocíno linear, focal, pesado, exaustivo e
excluidor de opostos. É por isso que a aridez do intelecto é mais suportável por homens. A inteligência
feminina não é racional, é emocional e intuitiva, sendo por isso mais rápida e mais leve do que o intelecto
masculino, o qual é lerdo, poderoso e pesado. Dito em outros termos: a racionalidade feminina não é
focal-linear, mas sim abrangente, multi-relacional, intuitiva e emotiva.
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Dito de outra forma, para não escandalizar tanto, poderíamos afirmar que o intelecto feminino é regido
por uma lógica paradoxal quase incompreensível ao intelecto masculino, regido pela lógica linear.